sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Flauta Doce


Em um túmulo da Idade de Pedra Polida na província Henan, durante 1996 – 1997 foram encontradas 16 flautas de osso (instrumentos musicais chineses mais antigos). As flautas foram feitas de tíbias de gruas. A maioria delas com sete furos, e ao lado de alguns furos, há marcas para furar, que dividem as flautas em partes do mesmo comprimento. Há alguns furos que têm um furo menor ao lado, que provavelmente servia para ajustar a altura dos tons. As pessoas daquela época já estavam procurando a exatidão da altura dos sons, e tinham certos conhecimentos sobre a relação entre o comprimento de um tubo e a altura de som.

A flauta doce é o mais antigo dos instrumentos da família de tubo interno. Consiste em um tubo, com buracos para sete dedos e um buraco para o dedo polegar que serve como abertura de oitava.

A ilustração mais antiga da flauta doce é a da Dança de Salomé (cerca de 10200), também conhecida como a Coluna de Bernward, um elenco de bronze da Catedral de Hildesheim (Alemanha) e nela, Salomé dança acompanhada de um estreito tubo cilíndrico com quatro buracos visíveis, os mais baixos ligeiramente deslocados.

          De acordo com o sistema de Hornbostel e Sach é um instrumento da categoria dos Idiofones, em que a fonte sonora é uma coluna de ar.

O instrumento mais antigo e completo sobrevivendo, é a flauta doce de Dordrecht datada de meados do século XIII. Esta "flauta doce medieval" é caracterizada por seu corpo estreito e cilíndrico (o transcurso largo do tubo interno no meio do instrumento é responsável pela afinação e resposta sonora) A segunda flauta doce medieval mais ou menos completa  é do século XIV( Göttingen, norte da Alemanha) e foi achada em uma latrina na Weender Straßer número 26 em 1987. A “flauta doce de Göttingen” faz parte da coleção do Stadtarchäologie Göttingen.

No século XV a flauta doce se desenvolveu e passou a ser chamada como a “flauta da renascença” e alcançou seu apogeu em meados do século XVI.

Durante o século XVII foi mais usada como instrumento solo, e depois com o aparecimento da  orquestra clássica, os compositores procuravam instrumentos com maiores recursos dinâmicos.A flauta doce foi deixando de ser usada e sendo substituída pela flauta transversal, e por volta de 1750 praticamente desaparecia do repertório de qualquer compositor.

Em finais do século XIX  alguns músicos começaram a ter contato com este instrumento novamente, através de pesquisa de músicas antigas, através de literaturas musicais existentes no museu.

Foi o inglês Arnold Dolmetsch (1858-1940) que concluiu que a flauta doce só renasceria se sua reconstrução recebesse mesmo tratamento dos demais instrumentos.
 
            Após muitas pesquisas ele construiu um quarteto de flautas e tocou com sua família em um concerto histórico no Festival Haslemere em 1926.
Esse conjunto de flautas feitos por Arnold Dolmetsch, foi copiado e começou a ser produzido em série na Alemanha, onde se tornou muito popular.

           Hoje em dia as flautas doces fabricadas possuem um som mais suave do que as flautas do século XVIII nas quais elas são baseadas. No entanto, estas flautas doce neobarrocas permanecem como instrumentos para solo. Temos também hoje, a produção em série de flautas de plástico a partir de cópias de originais como, por exemplo, as japonesas Yamaha, Aulus e Zen-on, além de uma série de edições modernas facsímiles e edições antigas e manunscritos editados na Europa.

Flautistas famosos


  • Jean-Pierre Rampal
  • James Galway
  • Alain Marion
  • Frederico II da Prússia
  • J.J.Quantz
  • J. Hotteterre
  • Paul Taffanel
  • Macel Moyse
 Referências

WIKIPÉDIA. Flauta Doce. Disponível em: . Acesso em: 22 ago. 2008.

ARTE MÍDIA. A História da Flauta Doce. Disponível em: . Acesso em: 22 ago. 2008.
MINHA CHINA. Música Chinesa. Disponível em:

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